(en)CANTO ESCONDIDO
DOI:
https://doi.org/10.29147/dat.v5i1.171Palavras-chave:
Instalação, Observatório, Migrações, Arte pública, Natureza/CulturaResumo
Este artigo resulta da reflexão sobre a construção da obra “(en)CANTO ESCONDIDO”, uma escultura/instalação que intervém in situ captando as relações dinâmicas entre materiais, paisagem e habitats de Coruche, em Portugal. O projeto apela às relações permeáveis entre natureza e cultura. O fluxo de presença/ausência dos animais que visitaram a escultura eram parte integrante da lógica da instalação. A obra pretendeu potenciar relações de observação dinâmicas em que o observador se tornava observado, constatando a sua evidente parte na natureza. “(en)CANTO ESCONDIDO” é simultaneamente um modelo de observatório urbano das migrações (insetos e pássaros) e uma construção arquitetural que invoca relações de convivência e partilha interespécie/intergeracional que incitam a interação e a descoberta de novas relações. A instalação pretendeu levar os observadores a um espaço de imersão, onde a realidade da natureza circundante se funde nas memórias e ficções de cada visitante. Foi uma experiência de partilha e um exercício estético e de reflexão sobre a sustentabilidade na nossa prática que se tornou uma experiência comunitária de partilha com imenso potencial narrativo e reflexivo.
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Referências
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