ARTEDESIGN/CAMPOCONTÍNUO. Convergências, divergências e transcendências entre Arte e Design
DOI:
https://doi.org/10.29147/datjournal.v7i1.577Palavras-chave:
Transdisciplinaridade, arte, design especulativo, tecnologia, Praxis, PoiesisResumo
Proponho a leitura dos campos da arte e do design não como estruturas circunscritas, definidas histórica e conceitualmente, apenas com uma fronteira mutável, mas sim como um grande campo de matéria informada em sobreposição e mutação frequente, que vai da arte ao design passando por campos de complexidade diversos, raramente com fenômenos puros. O texto apresenta diferentes conceitos do fazer em Agamben, de matéria informada em Flusser, da dúvida sobre a autenticidade em Plutarco, e investiga uma possibilidade de conexão com o trabalho de José Damasceno. Argumenta contra os excessos classificatórios mas em favor de definições lógicas, que aprofundam as possibilidades de leitura de um campo complexo que nasce da sobreposição de possibilidades entre arte e design, e tenta tratar da ideia de fronteira como centro, como rede de complexidade e não somente interface limite. Apresenta uma analogia nascida dos geradores de partículas em softwares de modelagem tridimensional, e através de exemplos do meu trabalho, argumenta sobre possibilidades do dispositivo enquanto discurso e do projeto como produto artístico.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O homem sem conteúdo. São Paulo: Autêntica Editora, 2012. p. 207.
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Chapecó: Argos Editora da Unichapecó, 2013. p. 92.
AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012. p. 263.
AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. p. 136.
AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo? Tradução: Nilceia Valdati. Fala proferida por Gior¬gio Agamben em conferência realizada no Brasil, em setembro de 2005. A tradução foi feita a partir do original em italiano. (N.T.) IIha de Santa Catarina – 2° semestre de 2005.
ALBERRO, Alexander; STIMSON, Blake. Institutional critique. Cambridge: The MIT Press, 2011. p. 492.
BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Editora Record, 2009. p. 85.
BAUMAN, Zygmunt. A moralidade na perspectiva moderna e pós-moderna. In: Ética pós-mo¬derna. São Paulo: Paulus, 1997.
BELTING, Hans. Likeness and presence. Paperback ed. Chicago: The University of Chicago Press, 1996. p. 651.
BELTING, Hans. O fim da história da arte. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 320.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas: Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1996. p. 254.
BERMAN, Marshall. O modernismo nas ruas. In: Tudo que é sólido desmancha no ar. A aventu¬ra da modernidade. São Paulo: Companhia das letras, 1997. p. 129-144.
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Companhia das letras, 2007. p. 465.
BIRKETT, Whitney B. To infinity and beyond: a critique of the aesthetic white cube. Submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Arts in Museum Profes¬sions. Seton Hall University, May 2012. p. 83.
BLOEMINK, Barbara; CUNNINGHAM, Joseph. Design≠Art. Functional objects from Donald Judd to Rachel Whiteread. London/New York: Merrel Publishers Limited; New York: Cooper-Hewitt, National Design Museum, Smithsonian Institution, 2004. p. 217.
BOHNACKER, Hartmut et al. Generative design. New York: Princeton Architectural Press, 2012. p. 477.
BRAGA, Matthew. The Verbasizer was David Bowie’s 1995 Lyric-Writing Mac App. ON-LINE: http://motherboard.vice.com/read/the-verbasizer-was-david-bowies-1995-lyric-writing¬-mac-app, Vice Media, 2016.
BUSKIRK, Martha. The contingent object of contemporary art. Cambridge: The MIT Press, 2005. p. 307.
CABRAL, Artur; VENTURELLI, Suzete; PRADO, Gilbertto. Sinais detectados entre o biológico e o maquínico . DATJournal V4, N. 3 (2019), p. 117-127. Disponível em: < https://datjournal. anhembi.br/dat/article/view/152/130>. Acesso em 15 de março de 2020. DOI: https://doi. org/10.29147/dat.v4i3.152
CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2014. p. 262.
CAUQUELIN, Anne. Arte contemporânea. Uma introdução. São Paulo: Martins Editora, 2005. p. 165.
CAUQUELIN, Anne. Teorias da arte. São Paulo: Martins Editora, 2005. p. 177.
COLES, Alex. Design and art. London/Cambridge: Whitechapel Gallery and The MIT Press, 2007. p. 208.
DANTO, Arthur C. A transfiguração do lugar-comum. Uma filosofia da arte. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 312.
DANTO, Arthur C. Após o fim da arte. A arte contemporânea e os limites da história. 1. ed. São Paulo: Edusp, 2006. p. 292.
DANTO, Arthur C. Andy Warhol: Arthur C. Danto. São Paulo: Cosac Naify, 2012. p. 205.
DROSTE, Magdalena. Bauhaus. Köln: Taschen, 2004. p. 256.
DUNNE, Anthony; RABY, Fiona. Speculative everything. Cambridge: The MIT Press, 2013. p. 224.
ELLENBERG, Jordan. How not to be wrong. New York: Penguin Press, 2014. p. 468.
FARIAS, Agnaldo. Design é arte?(1) In: Vitruvius 006.06 ano 01, nov. 2000, p. 3. arquitextos ISSN 1809-6298.
FLUSSER, Vilém. A filosofia da caixa preta. São Paulo: Relume Dumará, 2002. p. 82.
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado. São Paulo: Cosac Naify, 2007. p. 224.
FURTADO, José Luiz. A arte e as dimensões recalcadas da sensibilidade na existência cotidiana. 13 p.
GELL, Alfred. Arte e agência. São Paulo: Ubu editora, 2018. p. 400.
GRAHAM, Beryl; COOK, Sarah. Rethinking curating after new media. Cambridge/London: The MIT Press, 2010. p. 354.
HYDE, Lewis. Trickster makes this world. Mischief, myth and art. New York: Farrar, Strauss and Giroux, 2010. p. 417.
IVERSEN, Margaret. Chance. London/Cambridge: Whitechapel Gallery and The MIT Press, 2010. p. 238.
ITO, Joichi. Can design advance science, and can science advance design? ON-LINE: http://jods. mitpress.mit.edu/pub/designandscience. p.9.
KLANTEN, Robert et al. Art & agenda: Political art and activism. Berlin: Gestalten, 2011. p. 288.
KRAUSS, Rosalynd E. The originality of the avant-garde and other modernist myths. Cambrid¬ge/London: The MIT Press, 1986. p. 307.
LE FEUVRE, Lisa. Failure. London/Cambridge: Whitechapel Gallery and The MIT Press, 2010. p. 238.
LIMA, Gercina A. B. (2007). Categorização como um processo cognitivo. Ciências & Cognição. Ano 04. Vol. 11. p. 156-167. Disponível em www.cienciasecognicao.org.
LIPOVETSKY, Gilles; SERROY, Jean. A estetização do mundo. Viver na era do capitalismo artis¬ta. São Paulo: Companhia das letras, 2015. p. 467.
MANOVICH, Lev. The language of new media. Cambridge: The MIT Press, 2001. p. 354.
MARZONA, Daniel. Arte conceptual. Colônia: Taschen, 2007. p. 96.
McCRACKEN, Grant. Cultura e consumo. Rio de Janeiro: Mauad editora. p. 205.
McCRACKEN, Grant. Cultura e consumo II. Rio de Janeiro: Mauad editora. p. 203.
McCRACKEN, Grant. Culturematic. Boston: Harvard Business Review Press, 2012. p. 291.
MONTERROSO, Augusto. A ovelha negra e outras fábulas. Coimbra: Angelus Novus, 2008. p. 117.
MUNARI, Bruno. Design as art. London: Penguin Books, 2008. p. 223.
NAVAS, Eduardo. The new aesthetic and the framework of culture. Media-N. Journal of the New Media Caucus. v.08 n.02. Disponível em http://median.s151960.gridserver.com/?page_ id=93. Acesso em: 15 de março de 2015.
NAVAS, Eduardo. http://remixtheory.net/?page_id=3.
O’DOHERTY, Brian. Inside the white cube: the ideology of the gallery space. Berkeley and Los Angeles: University of California Press, 1999.
O’NEILL, Paul. The culture of curating and the curating of culture(s). Cambridge: The MIT Press, 2012. p. 180.
OXMAN, Neri. Age of entanglement. An inaugural essay for the Journal of Design and Science (JoDS). ON-LINE: http://jods.mitpress.mit.edu/pub/AgeOfEntanglement.
PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 246.
PAZ, Octavio. Signos em rotação. São Paulo: Editora Perspectiva, 2012. p. 316.
PAZ, Octavio. Marcel Duchamp ou o castelo da pureza. São Paulo: Editora Perspectiva, 2014. p. 103.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2008. p. 337.
PEIRCE, Charles Sanders. Collected papers of Charles Sanders Peirce, Volumes I, II, III, IV, V and VI, 1931-1935.
PETRY, Michael. The art of not making. New York: Thames & Hudson, 2011. p. 208.
PLAZA, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2010. p. 217.
PLAZA, Julio; TAVARES, Monica. Os métodos heurísticos de criação. In: Processos criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais. São Paulo: Hucitec, 1998.
Prado, Gilbertto.; Valente, Agnus; Carramaschi, Ana Elisa; Thomaz, Andrei; Lima, Leonardo; Ohira, Luciana; Trentin, Maurício; Germano, Nardo; Bonilha, Sérgio. Algunos apuntes sobre la relectura y el siempre rehacer de algunas obras. In Prado, Gilbertto; La Ferla, Jorge (Org.). Circuito Alameda. Ciudad de México: Instituto Nacional de Bellas Artes | Laboratorio Arte Ala¬meda, 2018. p. 38-52.
CABRAL, Artur; VENTURELLI, Suzete; PRADO, Gilbertto. Sinais detectados entre o biológico e o maquínico . DATJournal V4, N. 3 (2019), p. 117-127. Disponível em: < https://datjournal. anhembi.br/dat/article/view/152/130>. Acesso em 15 de março de 2020. DOI: https://doi. org/10.29147/dat.v4i3.152 DOI: https://doi.org/10.29147/dat.v4i3.152
PRADO, Gilbertto. Arte telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusu¬ário. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.
PRADO, Gilbertto; TAVARES, Monica; ARANTES, Priscila (Org.). Diálogos transdisciplinares: arte e pesquisa. São Paulo : ECA/USP, 2016. Disponível em: <http://www.poeticasdigitais.net/ assets/dialogostransdisciplinares2.pdf Acesso em 10 de março de 2019.
SANTAELLA, Lucia. Semiótica aplicada. São Paulo: Thompson, 2007. p. 186.
SCOVINO, Felipe. Encontros | Cildo Meireles. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009. p. 293.
SOMERSON, Rosanne; HERMANO, Mara L. The art of critical making. New Jersey: Wiley, 2013. p. 272.
STILES, Kristine; SELZ, Peter (Editors). Theories and documents of contemporary art. Berkeley: University of California Press, 1996. p. 1003.
STOLARSKI, André. Design e arte: campo minado. São Paulo: Dissertação (Mestrado – Área de Concentração: Projeto, Espaço e Cultura) FAUUSP, 2012. p. 255.
STOLARSKI, André. Digital poetics and remix culture: from the artisanal image to the immate¬rial image. In: Navas, Eduardo; Gallagher, Owen; burrough, xtine (eds). The Routledge Compa¬nion to Remix Studies. New York and London: Routledge, 2015. p. 192-203.
STOLARSKI, André. Os processos criativos com os meios eletrônicos. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Multimeios do Instituto de Artes da UNICAMP. CAMPINAS: UNI¬CAMP, 1995. p. 183.
TOMKINS, Calvin. Duchamp. 1 ed. São Paulo: Cosac Naify, 2005. p. 583.
STOLARSKI, André. Marcel Duchamp. The afternoon interviews. New York: Badlands unlimi¬ted, 2013. p. 97.
TRENTIN, Maurício. Possibilidades comunicacionais e relacionais entre obras de arte e seus in¬térpretes como base para categorização da produção contemporânea. São Paulo: COS-PUCSP, 2010. p. 154.
WESCHELER, Lawrence. Seeing is forgetting the name of the thing one sees. Berkley and Los Angeles: University of California Press, 2008. p. 310. DOI: https://doi.org/10.1525/9780520942103
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.