(A)Live or Dead @COVID19: ensaio para futuros artigos
DOI:
https://doi.org/10.29147/dat.v5i3.271Palavras-chave:
DPedagogias Remotas em Artes, Estética do Banco de Dados, Retórica Visual, WebTV, Glitch ArtResumo
Neo-biopolítica, pós-synopticon, o futuro é agora do reconhecimento facial à inteligência artificial: selfies mascaradas sob visualização (@maskvide), intermitente vigilância e controle dos dados em massa (Big Data), gazes e frequências capturadas através das não-mobilidades às Batcavernas (#datamask)… Neste “novo normal”, sem “casa dos artistas”, os BBB triunfam: a COVID-19 irá ‘solucionar-se’ somente após cada habitante, das nações no globo terrestre, estar devidamente “registrado, carimbado, avaliado, rotulado” pra poder voar - “dead or alive”. Ainda que os sobreviventes estejamos, no presente período ‘balão mágico’, experimentando em solo tupiniquim tanto a LGPD (recém aprovada, gerando inovações aos termos “I Agree”) quanto cotidianos espelhamentos narcísicos via múltiplas telinhas no tempo real (live), situamo-nos em contextos sociais vivos das relações sociais condicionadas aos meios de produção (GAFAM). Via YouTube vulnerabilizamo-nos na ação virótica também no digital. O século 21 demonstra, assim, como a webTV é uma tendência (i)material de nossos dias - a ponta do iceberg revolucionário preconizado por Guattari na década de 1970 ou, o outro lado da moeda, a fina membrana da sociedade do espetáculo que caminha à todo vapor coroando a representação de uma suposta liberdade de expressão em confinamento doméstico… Como brincar com tais conceitos - (in) visíveis e ‘indolores’ - quando aplicados, hoje, para além do espaço urbano? O presente ensaio projeta-se (design), portanto, em consonância à missão do intelectual (e/ou educador) que, frente aos paradigmas (áudio) visuais atuais, trata não em relatar mas em combater e, novamente como aprendiz, não mais em ser espectador e sim participante ativo às operacionalidades artísticas e tecnológicas que de nós se apropriam; que sejamos participadores deveras neste jogo da imperfeição repleta de ruídos e falhas na transmissão (da memória)! Seleção e tratamento dos gestos - métodos de montagem/ composição -, a fim de transformarmos tal um artifício (frequentemente condicionado pela moda numa pseudo--virtualização humana) em necessário confronto entre ambientes remotos desta ubiquidade dataveillance; como escrevera Benjamin contra o fascismo em carta a Adorno: “A tendência, em si, não basta”.