Paisagens algorítmicas: O algoritmo e o caminhar como formas de habitar e construir a paisagem

Autores

  • Matheus da Rocha Montanari

DOI:

https://doi.org/10.29147/datjournal.v6i4.493

Palavras-chave:

Arte-tecnologia, Inteligência Artificial, Paisagem, Projeção Mapeada

Resumo

Este artigo apresenta uma discussão sobre a paisagem e sua dimensão algorítmica através do projeto artístico Paisagens Algorítmicas. Mais do que um pano de fundo onde a ação acontece, a própria paisagem é discutida como algo na ordem da ação, contemplando dimensões espaço-temporais que encapsulam uma série de elementos físicos, culturais, tecnológicos e estéticos. Com uma lógica algorítmica crescente, temos de levar em consideração esses elementos como agentes e constituintes da paisagem. Na primeira parte do texto, abordamos esses aspectos conceituais. A segunda parte do texto descreve a metodologia e a criação do projeto experimental Paisagens Algorítmicas. O projeto é um conjunto de ações iterativas em cidades do Brasil e da França. Essas ações incluem uma performance algorítmica, o desenvolvimento e análise de imagens por um software de Inteligência Artificial, e uma série de operações poéticas nestas imagens que são finalmente exibidas como uma projeção mapeada na fachada de um edifício.

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Biografia do Autor

Matheus da Rocha Montanari

Doutorando em Artes Visuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Mestre em artes visuais pela ECA-USP, e Bacharel em Tecnologias Digitais pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Membro do grupo Poéticas Digitais, e do Multimedia Anthropology Lab. da University College London (UCL). Artista-pesquisador investigando as questões da tecnobiodiversidade.

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Publicado

2021-12-21

Como Citar

Montanari, M. da R. (2021). Paisagens algorítmicas: O algoritmo e o caminhar como formas de habitar e construir a paisagem. DAT Journal, 6(4), 66–83. https://doi.org/10.29147/datjournal.v6i4.493