A cor como indicador de gênero e sua influência na escolha de brinquedos infantis
DOI:
https://doi.org/10.29147/datjournal.v10i2.906Palavras-chave:
Brinquedos, Gênero, Cor, FunçãoResumo
Este artigo investiga o efeito da cor na escolha de brinquedos infantis, focando na relação entre gênero, cor e função. O estudo envolveu pais de crianças entre 3 e 6 anos, utilizando um questionário estruturado com imagens de três brinquedos em oito matizes diferentes. Foi perguntado aos participantes quais eram as cores preferidas e rejeitadas no momento da compra, tanto para presentear seus filhos quanto para outras crianças. Com os dados coletados constatou-se que os estereótipos de gênero acionados a partir das cores, influenciam a aquisição de brinquedos pelos pais. No entanto, esse efeito pode variar dependendo da finalidade de uso do brinquedo e da criança à qual se destina. Constatou-se que o rosa e o roxo são os matizes mais aceitáveis para as meninas e menos populares para os meninos. Enquanto azul e vermelho foram mais populares nas escolhas para os meninos.
Downloads
Referências
BALISCEI, J. P. Abordagem histórica e artística do uso das cores Azul e Rosa como pedagogias de gênero. Revista Teias, v. 21, p. 223-244, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/teias.2020.46113
BRETTEVILLE, S. L. de. Algunos aspectos del diseño desde la perspectiva de una diseñadora. Bierut, Heller y otros (comps.) (2001), Fundamentos del diseño gráfico. Buenos Aires: Infinito, p. 287-295, 1973.
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. Cortez, 1997.
BUCKLEY, C. Made in patriarchy: Toward a feminist analysis of women and design. Design Issues, p. 3-14, 1986. DOI: https://doi.org/10.2307/1511480
CALDAS-COULTHARD, C. R.; LEEUWEN, T. V. Discurso crítico e gênero no mundo infantil: brinquedos e a representação de atores sociais. Linguagem em (Dis) curso, v. 4, p. 11-34, 2004.
CAMILO, M. L.; BESSA, S. O QUE PENSAM MENINOS E MENINAS SOBRE OS BRINQUEDOS: INFLUÊNCIA DOS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO. In: Anais do Congresso de Iniciação Científica, Estágio e Docência do Campus Formosa (ISSN 2594-9691). 2018.
CLARK, E. The real toy story: Inside the ruthless battle for America’s youngest consumers. Simon and Schuster, 2007.
DORLIN, E. Sexo, gênero e sexualidades: introdução à teoria feminista. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
DURAN, V.; FLESLER, G. De visibilizaciones, esencialismos y contingencias: aportes de los estudios de género al campo del diseño. In: Anales del Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas. Mario J. Buschiazzo. 2021. p. 1-13.
GARON, D. Classificação e analise de materiais lúdicos – o sistema ESAR. In: FRIEDMANN, A. et al. O direito de brincar. São Paulo: Scritta, ABRINQ, 1992. 171-181 p.
GARON, D. La classification des jeux et des juets. Le système ESAR. Quebec: Documentor, 1985.
GARON, D. Le systeme ESAR. Guide d’analyse, de classification et d’organisation d’une collection dde jeux et jouets. Paris: Asted et Cercle de la Librairie, 2002.
GOLOMBOK, S. et al. Continuity in sex-typed behavior from preschool to adolescence: A longitudinal population study of boys and girls aged 3–13 years. Archives of sexual behavior, v. 41, n. 3, p. 591-597, 2012. DOI: https://doi.org/10.1007/s10508-011-9784-7
HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. Tradução Maria Lúcia Lopes da Silva. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 2017.
KISHIMOTO, T. M.; ONO, A. T. Brinquedo, gênero e educação na brinquedoteca. Pro-posições, v. 19, p. 209-223, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072008000300011
KOBAYASHI, M. do C. M.; KISHIMOTO, T. M.; SANTOS, S. A. dos. Implantação de sistema de organização e classificação de brinquedos e jogos: a experiência do Laboratório de Brinquedos e de Materiais Pedagógicos-LABRIMP. In: Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores. Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2009. p. 7771-7783.
LAURETIS, T de. Technologies of Gender: Essays on Theory, Film, and Fiction. Bloomington, Indiana: Indiana University Press, 1987.
LEITE, L. A. Significados de gênero nos brinquedos infantis: influências e percepções parentais. 2024. 222 f. Dissertação (Mestrado em Design) – Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2024.
LIRA, A. C. M.; NUNES, M. A. Ensinando a ser menina e menino: brinquedos e relações de gênero. Ensino & Pesquisa, v. 14, n. 01, 2016. DOI: https://doi.org/10.33871/23594381.2016.14.1.849
LITTLE, A. C.; HILL, R. A. Attribution to red suggests special role in dominance signalling. Journal of evolutionary psychology, v. 5, n. 1, p. 161-168, 2007. DOI: https://doi.org/10.1556/JEP.2007.1008
MEFANO, L. Design de brinquedos: uma arqueologia do projeto e suas origens. 2005. Tese de Doutorado. PUC-Rio.
MIES, M. Origens sociais da divisão sexual do trabalho. A busca pelas origens sob uma perspectiva feminista. Revista Direito e Práxis, v. 7, n. 15, p. 838-873, 2016. DOI: https://doi.org/10.12957/dep.2016.25360
MORENO, M. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. São Paulo: Moderna; Campinas: Editora da Universidade Estadual de Campinas. 1999.
NASCIMENTO, A. C. O. A Influência da Ideologia patriarcal na definição dos brinquedos infantis. Revista em Pauta, v. 37, n. 14, p. 296-318, 2016. DOI: https://doi.org/10.12957/rep.2016.25399
PAOLETTI, J. B. Pink and blue: Telling the boys from the girls in America. Bloomington, IN: Indiana University Press, 2012. DOI: https://doi.org/10.2979/6372.0
PEIRCE, C. S. Semiótica. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Tradução: Álvaro Cabral e Christiano Monteiro. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990. 370 p.
SANTAELLA, L. Semiótica Aplicada. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
SAYÃO, D. T. Pequenos homens, pequenas mulheres? Meninos, meninas? Algumas questões para pensar as relações entre gênero e infância. Pro-Posições, v. 14, n. 3, p. 67-87, 2003.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, vol. 20, n. 2, jul./dez., 1995.
SILVA, A. F. da. Infância, gênero e brinquedos: reflexões sobre a construção da domesticidade feminina através das coisas contemporâneas de brincar. Revista de Arqueologia, v. 31, n. 2, p. 176-196, 2018. DOI: https://doi.org/10.24885/sab.v31i2.597
SILVA, M. E. F; BRABO, T. S. A. M. A introdução dos papéis de gênero na infância: brinquedo de menina e/ou de menino?. Revista Trama Interdisciplinar, v. 7, n. 3, 2016.
SILVEIRA, L. M. Introdução à teoria da cor. UTFPR Editora, 2015.
SOUZA, C. C de. O GÊNERO DO BRINQUEDO!. Revista Contexto & Educação, v. 19, n. 71-72, p. 81-91, 2004.
SUDJIC, D. A linguagem das coisas. Tradução: Adalgisa Campos da Silva. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010. 224 p.
SUMAN, M. Brinquedo tem gênero?. 2018. 53 f. Monografia (Bacharel em Publicidade e Propaganda) - Curso de Publicidade e Propaganda, Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, 2018. Disponível em: http://repositorio.upf.br/handle/riupf/1490. Acesso em: 1 set. 2021.
TILIO, R. de Teorias de gênero: principais contribuições teóricas oferecidas pelas perspectivas contemporâneas. Revista Gênero, v. 14, n. 2, 2014.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 DAT Journal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.