O artista como regulador das margens de indeterminação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29147/datjournal.v10i1.981

Palavras-chave:

Arte e Tecnologia, Simondon, Sistemas metaestáveis, Transdução, Arte Computacional

Resumo

Este artigo examina a atuação do artista contemporâneo como mediador e regulador das “margens de indeterminação” na interseção entre arte, tecnologia e organismos vivos, segundo uma análise fundamentada no pensamento de Gilbert Simondon. Esta pesquisa investiga como os processos artísticos que envolvem sistemas artificiais e organismos vivos podem ser compreendidos como acoplamentos abertos em estado metaestável. O texto também apresenta como estudo de caso a obra Breathing, de Guto Nóbrega, um trabalho que emerge do agenciamento entre sistemas maquínicos e organismos vivos.

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Biografia do Autor

Artur Cabral Reis, Universidade de Brasília

Artista computacional, mestre em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, doutorando bolsista CAPES também na Universidade de Brasília. Atualmente, faz parte da equipe do Medialab/UNB, onde explora, em suas pesquisas, a relação entre a arte e a computação por meio de interfaces e poéticas computacionais.

Guto Nóbrega , Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em artes interativas pelo programa The Planetetary Collegium - Universidade de Plymouth - UK (2009). Pós-doutor em Arte e Tecnologia pelo PPGAV/UnB (2019). É professor associado na Escola de Belas Artes / UFRJ, membro do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRJ e da UnB e atua como Vice-Decano do Centro de Letras e Artes / UFRJ. Fundou e coordena o NANO - Núcleo de Arte e Novos Organismos. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Referências

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Publicado

2025-04-14

Como Citar

Cabral Reis, A., & Nóbrega, G. (2025). O artista como regulador das margens de indeterminação. DAT Journal, 10(1), 4–15. https://doi.org/10.29147/datjournal.v10i1.981